domingo, 24 de agosto de 2008

falta-me

quando comecei a engatinhar sozinha, apaixonei-me
e a partir dali coloquei a meta de caminhar e depois correr da mesma forma.
Em todos os percursos, caí e levantei-me muitas vezes.
levei diversos tombos: alguns muito engraçados,
outros nem tanto assim.
Porém em todos eles sempre tive um apoio, era minha família
amigos, ou mesmo os móveis.
Cresci um pouco mais e decidi continuar vivendo daquela maneira.
Continuei tendo momentos em que engatinhava,
outros que andava e outros que corria.
A diferença é que os móveis não servem mais de apoio, pois o tamanho não é mais o mesmo.
A família já não está tão mais unida e nem tão perto
apesar de continuarem sendo essenciais e motivacionais.
Os caminhos que percorro agora, são labirintos, dificeis e complicados
e sinto muita falta daqueles que sempre estiveram do meu lado.
Falta-me a casa, a cidade, os amigos
falta-me o olhar do meu pai, a risada da minha mãe
e o olhar atencioso do meu irmão.
Falta-me tomar café conversando com alguém
falta-me almoçar na frente da tv apenas pra ficar mais um tempo ali com eles.
falta-me meus primos pra brincar, minhas tias pra ouvir e minhas avós pra falar
falta-me a terra pra pisar, o cavalo pra andar e a viola do avô pra ouvir.
Falta-me os causos, o ar, a tranquilidade
falta-me meu ninho, apesar de nunca ter sido meu.
Mas se eu tiver tudo isso, faltará meu sonho!
E é isto que me faz permanecer no labirinto!
A esperança é que no final dele, eu tenha tudo isto junto
ao menos por uma noite!

Um comentário:

Luana Borges disse...

a poesia ficou linda...
o melhor de escrever é que a gente lava a alma´...
te amo te
=)