segunda-feira, 28 de julho de 2008

Ainda falta

Estou no paraíso
vejo o céu estrelado
a noite azul
o vento sublime
a música mágica
a plena perfeição da obra de Deus.

Eu no entanto, sinto que falta algo
ou melhor, falta você.

Falta seu sorriso
seu olhar
e sua boca na minha

Falta sua voz dizendo-me boa noite
e o seu abraço para aplacar minha solidão.

Falta teu corpo para me aquecer
seu suor para umedecer
e seu amor para me sentir mais mulher.

terça-feira, 22 de julho de 2008

encontro das águas

As coisas são mais fortes que a gente

Acontecem e nos machucam

Ou nos alegram



A tão famosa frase que não mandamos no coração

Grita e explode.

Porém aquela outra de que o amor não basta

Também faz o maior sentido.



O fato é que as duas são verdadeiras e intensas

O problema que não é problema

É a racionalidade que isso tudo exige.



Não mandamos no coração, mas tentamos ser racionais

Justamente por saber que o amor não basta.



Mas até que ponto a racionalidade deve ser vivida?

Até que ponto se deve anular-se

E até que ponto vale a pena ferir alguém?



Não, não consigo ser feliz nas custas da infelicidade de outra pessoa

Mas também não quero ser infeliz, as custas da felicidade de outra pessoa.



A resolução?

Minha racionalidade não vê e na verdade não busca,

Apenas vive.

domingo, 13 de julho de 2008

queria que ele fosse assim

Se alguém me perguntasse como é a pessoa que eu gostaria de apaixonar-me,
eu diria que não há padrão e que eu sei que não existe um modelo.
Porém todos nós sabemos que nos identificamos mais com pessoas de certo estilo.
Então eu diria que queria uma pessoa que gostasse das mesmas coisas que eu,
que gostasse de viajar, conhecer lugares e conhecer pessoas
alguém que gostasse de sair pra balada mas que também gostasse de provar minhas comidas em um domingo de dia.
Eu gostaria de alguém que se alegrasse com a recepção de um vinho e um queijo branco.
Que sentiria feliz pelas minhas surpresas e que também me fizesse.
Alguém que gostasse dos meus amigos e que eu gostasse dos dele.
Alguém que nem me puxasse pelas mãos, e nem que permitisse que eu o puxasse.
Alguém que topasse dar as mãos e caminhar juntos.
Alguém que gostasse de conversar e que me aceitasse como sou.
Que conseguisse fugir do mundo pra que ficássemos juntos,
que dançasse comigo, mesmo que fossêmos apenas nós dois.
Alguém que sentisse vontade de ler um livro que eu li, apenas para que ficássemos horas e horas ao lado de uma fogueira falando dele.
Alguém que me assumisse sem vergonhas e que se orgulhasse de mim.
Alguém que fosse tudo o que eu quero ser pra alguém: cúmplice acima de tudo!
Mas é como eu disse, sonhar demais faz mal, pois começamos a querer mudar pessoas fantásticas para que elas sejam o que gostaríamos que fossem.
É por isso que mesmo diante de tantos desejos, o maior dele é que ele seja verdadeiro, mesmo diferente de tudo isso.

quinta-feira, 10 de julho de 2008

nada ou tudo

Olhe pra mim, mas olhe de verdade
bem no fundo dos meus olhos...
Veja que não sou criança,
mas que também não sou mulher.
Talvez a eterna adolescente,
incompreendida
mesmo compreendida
feliz,
mesmo alucinada...

Amo viver! Mas viver de verdade, e não apenas passar pela vida.
Permito-me a intensidade, o direto e a decisão.
Nada pela metade.

Amo loucamente, mesmo que com a razão
Mudo frequentemente, mesmo mantendo o padrão,
viajo, conheço lugares, pessoas
nada em vão.

Escrevo coisas,
que como eu não se definem.
Páro e vejo o mundo rodar,
pergunto o por que as coisas são assim
mas principalmente, o que posso fazer pra mudar...

A vida corre, vai depressa, e a qualquer momento pode acabar.
Escolho ser feliz.
Penso no hoje, mas reflito sobre o passado
e até programo o manhã, mas com a ciência de as coisas em diferente rumos vão tomar.


maçã é o gosto do pecado,
e não é certo desejar.
É o fruto proibido
da sedução,
que teme em não escapar


gosto de sorvete e também de passear
leio livros, vejo filmes
e vou caminhando
mas resiste um vazio,
que não me importo de apagar
e nem de sentir,
faz parte do meu olhar

e vou-me, indo
com o coração tão apertado, tão solitário e até magoado,
mas jamais, jamais infeliz!

sábado, 5 de julho de 2008

Mi (re) descobrindo...

tentar se autodefinir é tão burro e ao mesmo tempo sensacional
estamos em contante mudança e por isso o que digo hj pode ser transgredido amanhã.
Mas ainda assim corro o risco, pois correr o risco é não fugir, é encarar a vida de frente como gente grande
mesmo quando se é uma garotinha.
Amar a liberdade e lutar por ela, mais do que isso...
pagar um preço que muitos julgam alto de mais por assumir exatamente quem se é,
assumir as máscaras e os mistérios que nelas estão envolvidas.
Assumir a minha verdade, mesmo que para ser convencida de que ela está errada.
Parar, deixar o mundo girar e procurar entender o por que o céu tem algodão e por que as estrelas não combinam com o azul anil.
É sentir-se como único no mundo, mesmo quando se sabe que existem muitos do seu lado,
os que não te compreendem e te amam
os que não te amam e não te compreendem
e aqueles que nem sabem o por que estão do seu lado,
além daqueles que nem sabem da sua existencia e pensam exatamente como vc.
Ser direta o suficiente para assustar as pessoas e para deixá-las tão boquibertas ao ponto de prestarem atenção no que diz e no que pensa
É perder a paciencia com os amigos, por saber que todos somos humanos e a amizade não é campo de força inatingível
É escrever demais e saber que quase ninguém lê isso, e nem se importar,
pois ter a ciência de que não sou poeta, e que minhas palavras são nada senão que uma maneira de não deixar-me afundar.
é saber que a concordância está errada, mas que é pra continuar assim mesmo, pois a imperfeição é o que há de mais humano no mundo...
Me auto definir é simplesmente improvável, pois estou a todo momento Mi (re)descobrindo!

do outro lado do amor.

Já me perguntaram se deixei de acreditar no amor...
A resposta é simples: Não.
Porém não vejo o amor como aquele fogo que te cega e te cala...
E não é covardia, não é acreditar no sentimento e achá-lo que ele não existe apenas pra mim,
e nem é fugir do assunto dizendo que acredito no amor de pais pra filhos e vice-versa,
apesar de esta ser sim a verdadeira expressão do amor.
Também não acho que o amor é o conjunto de sentimentos e também não tenho a intensão de explicá-lo aqui.
O que digo apenas é que acredito sim que o amor existe e acontece.
Porém não tenho mais ilusões: o amor chegar arrebatadoramente, vc acha que é a pessoa da sua vida e vive momentos sensacionais, onde se aprende muito e é extramamente válido. Porém vai chegano o tempo que tudo isso vai passando e o relacionamento vai acabando. Você acha que não encontrará mais ninguém, desacredita no amor e assim vai por um tempo, até que acontece tudo de novo.
Até que chega um momento que você entende todo esse processo, aí acaba permanecendo com aquela pessoa, que no início apaixonou-se loucamente, mas que depois você descobriu que é acima de tudo um grande amigo e uma pessoa que fica horas conversando. Aí pensa que na sua velhice, o sexo não será mais tão intenso e que as horas vagas serão a maioria. Por isso é importante que acima de tudo tenha um companheiro do seu lado. Assim chega um momento que não arrisca mudar, até por que sabe que o círculo é vicioso e somos nós que podemos dar o ponto final.
Talvez seja racional demais pensar assim e é por isso que muitos preferem viver como se isso não acontecesse.
Porém pra mim ver essa racionalidade do amor, não é desprezá-lo, é inclusive aproveitá-lo a cada momento com maior intensidade, pois se sabe que ele, de alguma maneira vai passar, mesmo que apenas a parte louca e intensa que as pessoas costumam identificar como amor.
Mas pra mim o amor é mais sublime, ele não precisa de razão para que a pessoa justifique justamente por ser também racional mesmo que muitas vezes inesplicável.